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Vinte bairros de Salvador se revezam na lista dos dez mais violentos da capital nos últimos seis anos, segundo dados de homicídios da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Mas três deles vêm, nos últimos dois anos, se revezando no pódio como os três lugares onde há mais pessoas vítimas de assassinato na capital: Paripe, Lobato e São Cristóvão. Juntos, eles acumulam 422 homicídios da lista dos seis mil assassinatos levantados pelo CORREIO desde 2011 para o especial Mil Vidas – 7% do total.
O levantamento é feito anualmente, sempre que chega a mil homicídios em Salvador e Região Metropolitana (RMS). Este ano, os três bairros somam 75 dos mil. A maior parte das vítimas é do sexo masculino – 923 e 82 tinham menos de 18 anos. A identidade de 288 delas não foi registrada pela SSP-BA. Este ano, o milésimo assassinato foi em Lauro de Freitas, em 28 de junho – 18 dias antes do registrado em 2015. Raimundo Nonato Reis Costa, 49 anos, foi baleado em diversas partes do corpo, em Itinga.
Paripe liderava o ranking, com 28 assassinatos. Depois vem Lobato, com 26, mesmo número de 2015, quando o bairro foi campeão. Em terceiro lugar, está São Cristóvão, com 21 casos – dois a menos que em 2015. Desde 2011, quem mais esteve à frente no ranking foi Paripe. Lobato figura entre os dez mais violentos.
Para o titular da 5ª Delegacia (Periperi), Nilton Borba, a falta de infraestrutura em Paripe e Lobato – e no Subúrbio, como um todo – somada ao alto contingente populacional – cerca de 250 mil habitantes nos dois bairros, dificulta a ação da polícia e facilita a atuação do tráfico. “É uma área com muitas invasões. Há ruas que não entram carros e as incursões precisam ser a pé. A geografia e essa alta densidade de população são propícias ao tráfico e a uma marginalidade mais perigosa”.
Informações: Correio24horas