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Suburbana é a segunda via mais perigosa para pedestres

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Suburbana é a segunda via mais perigosa para pedestres
Foto: Edilson Lima | Ag. A TARDE

Apesar de ser a sexta região em número de acidentes de trânsito em Salvador, a Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Suburbana, é a segunda mais perigosa para os pedestres. Somente nesta via, em 2012, foram registrados 58 atropelamentos, atrás apenas da Av. Paralela, onde foram contabilizadas 71 ocorrências desse tipo.


A Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador) não divulgou dados sobre a gravidade desses atropelamentos, mas a Avenida Suburbana é a segunda via com mais mortes em acidentes em geral. No mesmo período do ano passado, 14 pessoas morreram em ocorrências relacionadas com o trânsito nessa avenida, mais uma vez atrás apenas da Paralela, que teve 24 casos.


Os moradores do Subúrbio Ferroviário conhecem esse risco. "É muito difícil quem mora na beira da Suburbana não se arriscar. As sinaleiras são muito distantes. Aqui mesmo tem dois pontos de ônibus e não tem faixa de pedestres. As pessoas precisam se aventurar", critica a manicure Viviane Ramos, 29 anos, que precisa atravessar a pista para pegar o transporte público.


O diretor de trânsito da Transalvador, Marcelo Correia, diz que a responsabilidade não é só do órgão. "Nunca ninguém quer assumir a responsabilidade. Só quer saber o que o poder público pode fazer. Mas o atropelo pode ser plenamente evitado se o cidadão se predispor a transitar na calçada, atravessar com prudência e o motorista respeitar as leis de trânsito. Esse é o maior desafio. Se ficar esperando somente a ação do poder público, as coisas nunca vão melhorar".


Apesar de transferir parte da "culpa" para o pedestre, Correia reconhece que a avenida precisa de melhorias. "Vamos dar um 'banho de loja' na via, melhorar as faixas de pedestres e voltar a dar a fiscalização eletrônica à avenida. O que não vou ser conivente é com semáforo quebrado".


No trajeto de 14 quilômetros da avenida, a equipe de reportagem do Portal A TARDE encontrou faixas de pedestres apagadas, sinaleiras desligadas e retornos improvisados em uma avenida onde há intenso tráfego de veículos pesados e que faz ligação com a BR-324 e Base Naval.