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Projeto Corra pro Abraço realiza atividades recreativas no Parque São Bartolomeu

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Projeto Corra pro Abraço realiza atividades recreativas no Parque São Bartolomeu
Foto: Reprodução | Camila Souza - GOVBA

Pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre elas usuários de substâncias psicoativas em situação de rua, participaram de atividades recreativas no Parque São Bartolomeu, em Salvador, no último sábado (11). A atividade foi desenvolvida pelo projeto Corra pro Abraço, iniciativa da Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), e o Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA), juntamente com a Casa da Ladeira - unidade que funciona em regime de atendimento transitório juvenil.


A ação teve o objetivo de aproximar os beneficiários do Corra pro Abraço das medidas de atenção e acolhimento à disposição de crianças e adolescentes. "Com essa ação, também esperamos promover o acesso dessas pessoas a bens culturais", explicou a coordenadora do projeto, Eleonora Rabêlo.  


Uma apresentação do local, seguida de uma contextualização histórica do Parque São Bartolomeu, foi realizada pelo Movimento de Cultura Popular do Subúrbio, que acolheu os beneficiários do programa. A rica diversidade do espçao, que reúne espécies de plantas medicinais e é sagrado para adeptos de religião de matriz africana, foi contada pela presidente da entidade, Sandra Cerqueira. 


Uma oficina de berimbau foi ministrada pelo voluntário do Corra pro Abraço Adailson Paixão. A capacitação incentivou o desenvolvimento de habilidades como o trabalho em grupo dos participantes, que aprenderam sobre todas as etapas de construção de berimbau, como a limpeza das beribas, abertura das cabaças até a colagem do couro e lixamento do material. Como resultado da oficina, três berimbaus foram produzidos pelos participantes.


Troca de experiências


De acordo com a diretora de Gestão e Monitoramento da Integração de Políticas sobre Drogas, da SJDHDS, Emanuele Silva, “a ação fortalece os equipamentos da rede do SUS [Sistema Único de Saúde] e Suas [Sistema Único de Assistência Social]" e possibilitam "convivência e troca de experiências entre os participantes". Ela disse que a atividade também pode ser considerada  uma ação de redução de danos, pois, quando estão participando de ações recreativas, os beneficiários deixam de usar substâncias psicoativas.    


Para o pedagogo do projeto Casa da Ladeira, Danilo Carvalho, o momento sensibiliza as equipes que trabalham na perspectiva da atenção aos mais vulneráveis. "Precisamos promover mais ações como essa, que oferecem experiências de vida ampla”.