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Daqui a menos de uma semana começam os jogos da Copa do Mundo. Já tivemos manifestações, brigas, polêmicas, superfaturamentos, escândalos, dentre outros, mas agora não tem mais como evitar e sim aceitar que ela acontecerá perfeita ou imperfeita. 

Geralmente deixamos para nos manifestar do que nos incomoda quando já está numa situação insustentável ou quando já transbordou. A mesma coisa acontece na nossa comunidade, no nosso país. Não temos o hábito de participar das discussões, plenárias e audiências públicas, chamamentos ou comissões, a fim de dar a nossa opinião, de avaliar os prós e contras e de evitar que algo prejudicial ou de menor importância seja implantado. E na maioria das vezes agimos como aquele ditado: “só fechamos a porta depois que somos roubados”.

Não sabemos cobrar de nossos representantes ações realmente efetivas, somos acomodados e conformados e só quando algo interfere no nosso espaço é que levantamos a voz; pena que na maioria das vezes já não tem como voltar atrás. Assim como na Copa.

Então vamos receber bem os turistas que virão ao nosso país, eles não têm culpa dos problemas internos que enfrentamos, da corrupção ou do famoso “jeitinho brasileiro” para resolver as coisas. Vamos torcer pela nossa seleção, pois quem sabe o tão desejado hexa não chega! 

Para aqueles que são contra, que não curtem ou que não se alteram com o evento, que tal aproveitar o tempo para fazer outras coisas no tempo livre? Afinal tudo para devido aos jogos do Brasil: comércio, bancos, empresas, a maioria fecha mais cedo ou interrompem a rotina para ir ao estádio ou assistir diante de uma televisão.

Vale a pena cobrar melhores condições para a saúde, emprego e educação na porta dos estádios, não seria melhor realizar as manifestações nas prefeituras, câmaras ou no congresso? Que tal pensar um pouco antes de evitar agressões desnecessárias e protestos sem frutos a serem colhidos depois?